A medicina fetal é uma especialidade médica que se concentra no diagnóstico e tratamento de problemas de saúde que afetam o feto durante a gestação. Ela envolve a avaliação e monitoramento da saúde fetal, geralmente através de técnicas de ultrassonografia e outras modalidades de imagem, bem como testes genéticos quando necessário. Além disso, a medicina fetal pode envolver intervenções terapêuticas direcionadas ao feto ainda no útero, como transfusões de sangue, procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e até mesmo tratamento farmacológico para condições específicas.
O objetivo da medicina fetal é otimizar a saúde e o bem-estar do feto durante a gestação, bem como preparar os pais para possíveis desafios que possam enfrentar antes, durante ou após o nascimento. Essa especialidade é frequentemente praticada por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo obstetras, geneticistas, neonatologistas, entre outros especialistas, dependendo das necessidades específicas do caso.

Calculadora de Doppler Fetal
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Parâmetros do Paciente
Dados Gerais
Doppler Arterial
Marcadores Avançados
Resultados da Avaliação
Percentil PFE
IP Médio A. Uterinas
Percentil IP Médio AUt
Percentil IP A. Umbilical
Percentil IP ACM
Relação Cérebro-Placenta
Percentil RCP
Percentil IP Ducto Venoso
Resumo Gerado por IA
Contexto Visual dos Parâmetros Doppler
IP Artéria Umbilical vs IG
IP Artéria Cerebral Média vs IG
Relação Cérebro-Placenta vs IG
A tabela abaixo resume a Matriz de Critérios para o Estadiamento da RCF, conforme o Modelo de Barcelona. Um feto é classificado no estágio mais alto para o qual ele atende a pelo menos um critério.
Estágio | Critérios Definidores |
---|---|
Estágio I | PFE < p3 **OU** (PFE p3-p10 **E** um dos seguintes: IP AUt > p95, IP AU > p95, RCP < p5) |
Estágio II | Diástole **Ausente** na Artéria Umbilical |
Estágio III | Diástole **Reversa** na Artéria Umbilical **OU** IP Ducto Venoso > p95 |
Estágio IV | Onda ‘a’ **Reversa** no Ducto Venoso |
O algoritmo de Barcelona utiliza a velocimetria Doppler para detectar sinais de disfunção placentária e a resposta adaptativa fetal. O objetivo é diferenciar um feto pequeno saudável (PIG) de um com Restrição de Crescimento Fetal (RCF) patológica.
Centralização (Brain-Sparing): Em resposta à hipóxia, o feto redistribui o fluxo sanguíneo para órgãos vitais como o cérebro. Isso é detectado por um IP baixo na Artéria Cerebral Média (ACM) e resulta em uma Relação Cérebro-Placentária (RCP) diminuída, um marcador chave, especialmente na RCF tardia.
Deterioração Hemodinâmica: A progressão da insuficiência placentária leva a um aumento da resistência na Artéria Umbilical (IP elevado), progredindo para diástole ausente e, em seguida, reversa. Alterações no Ducto Venoso são sinais tardios e graves, indicando descompensação cardíaca.
A precisão do algoritmo depende da aquisição padronizada dos dados. Aderir a protocolos rigorosos é essencial.
- Artéria Umbilical: Medir em alça livre do cordão, durante apnéia fetal, com ângulo de insonação < 30°.
- Artéria Cerebral Média: Medir no terço proximal, com ângulo de insonação próximo a 0° e mínima pressão do transdutor.
- Artérias Uterinas: Medir no cruzamento com a artéria ilíaca externa, com ângulo < 30°.
- Persistência: Achados graves (diástole ausente/reversa, onda ‘a’ reversa) devem ser confirmados em avaliações subsequentes antes de basear decisões clínicas.